A TEIA DA ADULAÇÃO


Para  que possamos compreender esse fenômeno psicológico, é imprescindível aceitarmos que "onde há uma 'raposa' sedutora, sempre haverá um 'corvo' seduzido; onde há um trapaceado, sempre haverá um trapaceiro". Existe nesta parceria uma retroalimentação de atitudes íntimas - a ação controla a conduta e vice-versa.
               
Quem adula suborna o outro. Suborno não é simplesmente dar dinheiro ou bens a terceiros com a finalidade de conseguir alguma coisa ilegal, mas, igualmente, dar fictícias qualidades, servir-se da fraqueza alheia, adulterar as possibilidades de alguém, utilizando manifestações exteriores que tendem a exagerar ou enaltecer descompensações psíquicas com o intuito de tirar algum tipo de vantagem.
            "Como o senhor é lindo! Como é bela a sua plumagem! Se o seu canto for tão bonito quanto ela, sinceramente, o senhor é a fênix dos convidados destas florestas". O ser amadurecido impõe respeito, e não cede diante da adulação.
      Entre adulação e admiração há uma divergência incondicional: o que admira não adula; o que adula não admira. A adulação é uma porta escancarada para o favoritismo, mas muito estreita para aqueles dotados de autoconfiança. A vaidade é a ostentação dos que procuram lisonjas, ou a ilusão dos que querem ter êxito diante do mundo, e não dentro de si mesmos.
                   
                   Do livro La Fontaine e o comportamento humano.

 
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POR QUE NOS MELINDRAMOS?

“Até mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar.” Um Espírito Protetor (Bordéus. 1863) O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – Cap. IX, Item 9.
 
Por que nos ofendemos?
Por que temos tanta suscetibilidade em relação a tudo que nos cerca?
Quais as razões de encolerizarmos perante fatos desagradáveis?
Eis três perguntas para as quais devemos dirigir nossa meditação, caso queiramos entender o que se passa conosco nos desafios do progresso espiritual.
Iniciemos nossas ponderações conceituando a palavra ofensa. Existe a ofensa por razões naturais, provenientes do instinto de defesa e preservação. Através dessas agressões, recebemos da mente os sinais de alerta para avaliarmos com melhor exatidão e conveniência e o grau de perigo ou importância do que nos cerca.
É natural nos ofendermos com “palavrões” que causam “dores aos ouvidos sensíveis”, é natural nos ofendermos ao ver dois seres humanos se agredirem, é mais que justo que nos ofendamos e tenhamos raiva ao sermos assaltados em uma rua, seria muito natural nos ofendermos quando formos injustamente julgados pelas pessoas que nos conhecem. A ofensa tem sua faceta benéfica, porque não devemos aceitar tudo que acontece à nossa volta passivamente, sem uma reação que nos faça sentir lesados ou ameaçados. O objetivo desse sentimento será sempre o de nos colocar a pensar na elaboração de uma conduta ajustada à natureza das agressões que sofremos.
Contudo, larga diferença vai entre a ofensa natural e o melindre, que é a reação neurótica às ofensas. Melindre é o estado afetivo doente de fragilidade, que dilata a proporção e natureza das agressões que sofremos do meio. Pequenas atitudes ou delicadas situações são motivos suficientes para que o portador do melindre se agaste terrivelmente, fechando-se em corrosivo sistema de mágoa e decepção com os fatos e as pessoas que lhe foram motivo de incômodos e contrariedade. Assim, aumenta a intensidade do fato e desgasta-se afetivamente através de imaginações febris sobre a natureza das ocorrências que lhe afetaram.
Sabemos que a mágoa é o peso energético nascido das ofensas transportadas conosco dia após dia como fosse um “colesterol da alma”, causando-nos males no corpo e no Espírito. Sabemos também que a irritação é como se fosse dura martelada no sistema nervoso, levando-nos ao interesse e perda energética.
Então por que agasalhar semelhantes malefícios quando temos tanto esclarecimento?
Compreendamos algo sobre os mecanismos da ofensa e da cólera para avaliarmos sobre as razões que nos inclinam para essa atitude de desamor, e, fazendo assim, procuremos, igualmente, através do melhor entendimento oferecer a nós próprios o corretivo, para os problemas de melindre e contrariedades do dia a dia.
Primeiramente deixemos claro que na raiz do melindre e da ofensa está o orgulho. Vejamos o que nos diz o codificador a esse respeito: “Julgando-se com direitos superiores, melindre-se com o que quer que, a seu ver, constitua ofensa a seus direitos. A importância que, por orgulho, atribui à sua pessoa, naturalmente o torna egoísta”. (01)
O que está por trás da grande maioria das ofensas humanas são as contrariedades, ou seja, tudo aquilo que não acontece como se gostaria que acontecesse. Contrariar para a maioria das criaturas significa ser contra aquilo que se espera ser nocivo aos planos pessoais, ser prejudicial, ser desvantajoso. Nessa ótica, tudo aquilo que não ofereça alguma vantagem na nossa forma de conceber os benefícios da vida é algo inoportuno, indevido, que não deveria ter ocorrido, gerando reações no mundo íntimo, cujos reflexos poderão ser percebidos de criação de sentimentos de pessimismo, infelicidade, desapontamento, animosidade, tristeza e rancor.
Excetuando alguns casos de educação mal orientada na infância, esse “vício de não ser contrariado” foi adquirido pelo Espírito em suas diversas vilegiaturas reencarnatórias, nas quais teve todos os interesses pessoais atendidos a qualquer preço. É o velho hábito da satisfação plena dos desejos da personalidade que, dispondo de poder e recursos, não hesitou em colher sempre para si mesmo os frutos dos bens divinos que lhe foram confiados nas transatas experiências. Hoje, renasce em condições que limitam suas tendências de saciação egoísta, instaurando um delicadíssimo sistema de “revolta silenciosa” quando não consegue o atendimento de seus interesses, experimentando uma baixa tolerância a frustrações. Essa “revolta” é o movimento interior de repúdio da alma aos novos quadros da vida a que é lançada, nos quais é compelido, pela força das circunstancias, a aprender a obediência aos ditames da Lei Natural, nem sempre afinados com seus gostos e aspirações individuais. Esse é o preço justo que pagamos pelo costume de ser atendido em tudo que queríamos no pretérito, quando deveríamos ter aproveitado as ocasiões de fartura e liberdade para sermos atendidos naquilo que fosse o melhor para todos.
Assim, a alma passa hoje por uma série de pequenas ou grandes situações na vida, se ofendendo e irritando com quase todas, desde que contrarie seus interesses individualistas. Um singelo ato de esquecer um documento ou ainda o simples ato de não ser correspondido num pedido a um familiar, ou mesmo, não ter sido escolhido para assumir a presidência da tarefa espírita, todos são motivos para a irritação, o desgaste e a animosidade, podendo chegar às raias da ofensa, da mágoa e do desequilíbrio. O estado íntimo nesse passo reproduz a nítida sensação de que tudo e todos estão contra sua pessoa, e fatos corriqueiros podem se tornar grandes problemas, enquanto os grandes problemas podem se tornar tragédias lamentáveis...
Os prejuízos desse hábito não cessam com as contrariedades, porque não se consegue improvisar defesas para um condicionamento tão envelhecido de hora para outra. Uma faceta das mais comuns desse “estado de suscetibilidade” aos fatos da vida pode ser verificada na “neurose de controle”, a qual pode ser entendida como a atitude de tentar levar a vida de forma a não permitir nenhuma contrariedade, nenhuma decepção. Essa “neurose” pode ser considerada como uma maneira de se defender do “vício de não ser contrariado”.
Mas não para por aqui essa sequência de expiações na vida íntima. O esforço em controlar tudo para que as coisas aconteçam “a gosto” tem como principal metamorfose a preocupação. Preocupação é o resultado de quem quer ter domínio sobre tudo da sua existência. Surge inesperadamente ou por uma razão plausível, mas é, em muitas ocasiões, o resultado oneroso dessa “necessidade de tomar conta de tudo” para não acontecer o pior, o inesperado.
Classifiquemos com maleabilidade nas conceituações três espécies de dramas que vivem os contrariados:

* Contrariado crônico – é aquele que não aceitou o próprio ato de reencarnar, já trazendo impresso na aura o clima de sua insatisfação, que irá refletir em todas as suas realizações. Casos como esse tendem a transtornos de natureza mental.

* “Colecionador de problemas” – é aquele que traz, de outras vivências corporais, o vício da satisfação de interesses pessoais e que busca seu ajuste com os atuais quadros de limitação na reencarnação presente, desenvolvendo a preocupação com problemas reais e irreais em razão de tentar um controle sobre-humano nos fatos naturais de existência.

* O adulto frustrado – é aquela criança que foi mal orientada, que teve quase todos os seus desejos e escolhas atendidas, criando ausência de limites e baixa resistência à frustração. Foi à criatura impedida pelos pais de se frustrar com os problemas próprios das crianças.

Em qualquer uma das situações citadas, o sentimento de ofensa será parte comum na vida dessas criaturas, podendo suscitar pequena ocorrências de decepção rotineira ou ainda dramas dolorosos da psicopatia, conforme as tendências e valores de cada Espírito. A psicopatologia do futuro verá na contrariedade uma grave doença mental e a etiologia de severos transtornos da alma.
O que importa a todos nós é o ingente trabalho de renovação no campo dos nossos interesses. Afeiçoar-se com mais devoção a aceitar as vicissitudes da vida, com resignação e paciência, fazendo o melhor que pudermos a cada dia em busca da recuperação pessoal, otimismo, ante os revezes, trabalho perante as perdas, confiança e boa convivência com amigos de ideal, serviço de amor ao próximo, instrução consoladora, fé no futuro e boa dose de humildade são as medicações para ofensas e ofendido na doença do melindre.
Ofendemo-nos é impulso natural em vista dos direcionamentos que criamos nas rotas do egoísmo. Contudo, Deus não criou um sistema de punições para seus filhos e nos concede a todo instante o direito de perdoarmos. E, perdoar, acima de tudo, significa aprender a aceitar sua Vontade Sábia e Justa em favor de nossa paz, na construção de dias mais plenos em sintonia com os grandes interesses do Pai.

ERMANCE DUFAUX
Livro: REFORMA ÍNTIMA SEM MARTÍRIO

(01) OBRAS PÓSTUMAS, Allan Kardec – Primeira Parte: “O egoísmo e o orgulho”.
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JEIC


Começou a nossa Juventude Espírita Irmãos do Caminho.

Essa é a hora de mostrar à que viemos e fazer da Doutrina Espírita, inspiração de arte e muita alegria!

Participe conosco. Aos sábados, as 17:00.
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E a Vida Continua...

Dia 14 de Setembro de 2012 estréia mais uma produção nacional que trará às telas, o transcendental. 
E a Vida Continua...
Filme adaptado do livro “E A VIDA CONTINUA”,
de André Luiz, psicografado por Chico Xavier.








A transposição deste romance para a tela põe em destaque o que a obra original tem de mais expressivo em seu conteúdo. Converte a essência de cada trecho literário em cenas vivas, instigantes, de interesse humano inquestionável.
Levado por uma dessas tantas "coincidências" da vida, um homem de cinqüenta anos conhece, em circunstâncias dramáticas, uma jovem de vinte e cinco. Fugitivo de si mesmo, sobrevivente de uma tragédia pessoal que o tempo ensinou a esconder num bem-humorado sorriso, no mesmo instante se encanta por essa moça, que além da frustrada paixão pelo marido infiel nenhuma razão mais possui para  continuar vivendo.

Como náufragos à deriva, Ernesto e Evelina juntam forças e esperanças. Mas não só amores e desamores passados os tornam semelhantes. A questão da saúde comprometida pela mesma enfermidade grave, outra "coincidência", lança expectativas sombrias no futuro dos dois. Como investir numa tão promissora amizade que pode acabar sem glória e sem despedida no centro cirúrgico de um hospital? Instala-se a dúvida. E nos poucos dias que os separam de seus destinos curiosamente parecidos, o homem e a mulher que o "acaso" trouxe para um encontro preparam suas almas apostando na Vida mas com um olho na Morte.

No último minuto de proximidade na estância de repouso preparatório para as cirurgias, dizer o quê? Adeus? Até breve?

Na falta de resposta o silêncio foi melhor. Um sorriso e uma mão acenando disseram mais.

Como no Teatro, fechava-se a cortina ao final do Primeiro Ato. O Segundo seria num outro palco, numa nova dimensão, para uma outra platéia. Entenderiam os protagonistas, agora, que a Vida é uma peça de muitos Atos, porém sem fim.



Atores principais do filme

AMANDA ACOSTA - Evelina Serpa
LUIZ BACCELLI - Ernesto Fantini
LIMA DUARTE - Instrutor Ribas
ANA ROSA – Lucinda 
LUIZ CARLOS DE MORAES - Instrutor Cláudio
RUI REZENDE – Desidério dos Santos 
LUIZ CARLOS FELIX – Caio Serpa 
ANA LÚCIA TORRE - Brígida 
CLAUDIA MELLO – Alzira 
ARLETE MONTENEGRO - Sra. Tamburini 
ROSANA PENNA – Elisa 
RONALDO OLIVA -  Túlio Mancini
SAMANTHA CARACANTE – Vera Celina 
CESAR PEZZUOLLI – Amâncio 
CARLA FIORONI – Enfermeira Isa 
PERSONAGENS DO UMBRAL - Guilherme Santana, Lucienne Cunha, Marco Antonelli e Débora Muniz, mais um grande elenco.
Site oficial
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