A TEIA DA ADULAÇÃO


Para  que possamos compreender esse fenômeno psicológico, é imprescindível aceitarmos que "onde há uma 'raposa' sedutora, sempre haverá um 'corvo' seduzido; onde há um trapaceado, sempre haverá um trapaceiro". Existe nesta parceria uma retroalimentação de atitudes íntimas - a ação controla a conduta e vice-versa.
               
Quem adula suborna o outro. Suborno não é simplesmente dar dinheiro ou bens a terceiros com a finalidade de conseguir alguma coisa ilegal, mas, igualmente, dar fictícias qualidades, servir-se da fraqueza alheia, adulterar as possibilidades de alguém, utilizando manifestações exteriores que tendem a exagerar ou enaltecer descompensações psíquicas com o intuito de tirar algum tipo de vantagem.
            "Como o senhor é lindo! Como é bela a sua plumagem! Se o seu canto for tão bonito quanto ela, sinceramente, o senhor é a fênix dos convidados destas florestas". O ser amadurecido impõe respeito, e não cede diante da adulação.
      Entre adulação e admiração há uma divergência incondicional: o que admira não adula; o que adula não admira. A adulação é uma porta escancarada para o favoritismo, mas muito estreita para aqueles dotados de autoconfiança. A vaidade é a ostentação dos que procuram lisonjas, ou a ilusão dos que querem ter êxito diante do mundo, e não dentro de si mesmos.
                   
                   Do livro La Fontaine e o comportamento humano.

 

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